A Comunidade Quilombola dos Arturos vai começar a comercializar na CeasaMinas no próximo sábado, 18/10. Membros da comunidade estiveram na CeasaMinas na última semana para conhecer o funcionamento do Varejão, feira realizada aos sábados no entreposto de Contagem, onde são comercializados diversos itens, como artesanato, vestuário, carnes, flores e quitandas, além das frutas, legumes e verduras tradicionalmente encontradas na CeasaMinas.

A Comunidade Quilombola dos Arturos é reconhecida como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais e existe desde 1885, em Contagem. “A gente cultiva uma cultura viva, de tradição, que pulsa todos os dias”, diz Gracielly Naiara Silva Veloso, coordenadora de projetos dos Arturos. “Nossa comunidade mantém a sua ruralidade, em meio a um contexto urbano, por meio dos quintais produtivos e da horta comunitária”, conta.

Atualmente, a produção agrícola dos Arturos é dividida em quatro unidades produtivas: plantas e ervas medicinais, hortaliças, legumes e frutíferas. “A gente tem a agrecologia, que é muito forte, e inspira os mais velhos e os mais jovens, para garantir que a comunidade tenha acesso a alimentos saudáveis”, conta Gracielly. Na visita à CeasaMinas, ela veio acompanhada de Aparecida do Nascimento e Aguilar Antônio, que também são membros dos Arturos.

Além de hortifruti, a comunidade também produz quitandas e artesanatos. Entre as quitandas, estão os kobus, rosquinhas e rosca rainha, oferecidos gratuitamente nas grandes festividades da comunidade e também expostos em feiras. “Na produção artesanal, temos vestimentas africanas, turbantes, bijuterias africanas, calçados... É tanta coisa”, fala Gracielly. Segundo ela, essas produções são um meio de preservação da cultura.

Caminhos da Inclusão

O Caminhos da Inclusão é um dos projetos que compõem o Planejamento Estratégico da CeasaMinas para o período de 2024 a 2028. Por meio dele, a CeasaMinas criou regras especiais para facilitar o acesso de produtores rurais de assentamentos da reforma agrária, quilombos, agricultura urbana e periurbana e povos originários. “Quem vem comprar na CeasaMinas ganha mais diversidade de produtos e todos nós ganhamos com mais inclusão e sustentabilidade”, afirma Michel Rodrigues, que compõe o projeto Caminhos da Inclusão.