CEASAMINAS - Centrais de Abastecimento de Minas Gerais S.A.
  Contagem, quinta-feira, 18 de abril de 2024.

Queda de preço do mamão-havaí chega a 71,6%

Verlan A. Homem

Ele chegou a ser tratado como vilão dos preços altos em meados do ano passado, mas agora é uma das melhores dicas de economia entre os hortigranjeiros. Se em julho de 2019 o preço médio do quilo do mamão-havaí (papaia) chegou a R$ 5,40, neste mês de janeiro (de 1 a 22) foi a R$ 1,53/kg. A redução de 71,6% se refere aos preços no atacado do entreposto de Contagem da CeasaMinas. Nutricionalmente, a fruta também é ótima opção: pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) aponta que substâncias presentes no mamão-havaí diminuíram a proliferação de células de câncer no intestino.

Na CeasaMinas, as quedas mais acentuadas de preços dessa variedade tiveram início em setembro de 2019, quando o valor médio ficou em R$ 2,69/kg, seguido pelo de outubro, com R$ 1,58/kg. Houve posteriormente leve alta em novembro (R$ 1,66/kg) e nova queda em dezembro (R$ 1,59/kg).

"Esse preço baixo é consequência principalmente da boa oferta, já prevista entre novembro e março. Além disso, janeiro é um mês marcado pelas férias escolares, o que reduz a demanda no entreposto", explica o produtor rural Robson Mateus Alves, do município de Jaíba, no Norte de Minas Gerais.

No último dia 22, ele vendia a caixa de 8 quilos entre R$ 10 e R$ 13, no Mercado Livre do Produtor (MLP) da CeasaMinas em Contagem. Para se ter uma ideia da oscilação, entre julho e setembro do ano passado, ele diz ter comercializado o produto a R$ 50. "O ideal é que o valor do mamão-havaí ficasse entre R$ 25 e R$ 30 ao longo do ano. Isso cobriria nosso custo e ainda garantiria alguma renda para o produtor".

Em época de preços baixos, o desafio dos produtores é manter a rentabilidade. Alves afirma que o custo para comercializar o mamão fica em R$ 10 por embalagem, considerando frete, caixa, embalamento e papel, sem levar em conta os gastos com o cultivo propriamente dito. A fim de compensar perdas, o produtor tem diversificado a produção: em sua área no MLP é possível encontrar também banana, limão, maracujá e manga.

Altas temperaturas

A boa quantidade da fruta no mercado foi intensificada por altas temperaturas em regiões de cultivo, de acordo com o produtor rural Adão Aparecido Sula, também de Jaíba. Segundo ele, o calor tem sido um agravante por acelerar a maturação dos frutos. "O sol de duas semanas atrás acaba refletindo em um pico de oferta aqui na CeasaMinas por mais umas três semanas pelo menos", explica.

O produtor reclama que o calor, além de contribuir para derrubar os preços, tem elevado os custos com irrigação. "Os gastos com água e energia chegam a dobrar nesta época, e o preço da mercadoria não acompanha".

A expectativa dele é que o reinício das aulas traga algum aquecimento nas vendas, valorizando a mercadoria.


Bahia lidera oferta

Os municípios baianos se destacaram no fornecimento de papaia na CeasaMinas, sendo responsáveis por 83,2% da oferta no ano passado. O Espírito Santo ocupou o segundo lugar (13,6%) e Minas Gerais, o terceiro (2,6%).


Formosa
Junto com o mamão-havaí, a variedade formosa, que tem Minas Gerais como principal fornecedor, é uma boa dica de consumo. A fruta vem apresentando sequências de quedas de preços desde novembro de 2019, quando ficou em R$ 1,89/kg, seguido por R$ 1,67/kg em dezembro e R$ 1,36/kg (de 1 a 22 de janeiro).

Mamão contra o câncer

Um estudo publicado em 2017 por pesquisadores da USP apontou que o mamão-papaia pode conter o avanço das células do câncer de intestino. De acordo com a pesquisa, fibras naturais presentes na fruta, chamadas de pectinas, reagiram com as células cancerígenas extraídas de tumores humanos, evitando sua proliferação.

Conforme os frutos foram amadurecendo, maiores foram as porcentagens de reação de suas pectinas com os tumores. No caso dos mamões utilizados no experimento, o terceiro dia após a colheita foi o que mostrou os melhores resultados. No quarto dia, já ocorreu uma nova queda no desempenho das pectinas. Novas pesquisas deverão ser realizadas para descobrir como identificar o ponto ideal de consumo.

O estudo foi coordenado pelo Centro de Pesquisas em Alimentos - Alimentos sem Mitos (FoRC-USP). Clique aqui para conferir o trabalho.


Produtos em safra e outros dados, como o Boletim Diário de Preços, podem ser consultados pelo link Informações de Mercado do site da CeasaMinas.

Mais informações:
Departamento de Comunicação CeasaMinas (31) 3399-2011/2035/2036


Notícia de 24/01/2020.

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